ODISSEIA AMAZÔNICA: uma viagem pelo mundo mitológico
RESUMO DA OBRA
A obra "Odisseia Amazônica" narra sobre os grandes feitos dos deuses e heróis na Amazônia pré-colonial. Por isso, todas as personagens têm nomes indígenas. A história tem início no altiplano, Cordilheira dos Andes, mais precisamente na montanha Nevado Mismi, onde nasce o grande Rio Amazonas.
Na montanha Nevado Mismi, Cachimana - o príncipe das estações recebe de seu tio Tiri - o senhor da natureza, a missão de navegar pelo imenso Rio Amazonas, que também é conhecido como Amaru Mayu - "a serpente mãe do mundo" até sua foz, para tentar descobrir o que está causando desequilíbrio ao meio ambiente. Cachimana aceita a árdua tarefa e inicia a grande odisseia pela Amazônia. Abordo de um barco por nome "Fantástico", acompanhado de sua tripulação navega durante sete anos, cruzando rios e lagos. Passa pela ilha encantada, onde participa de um ritual festivo, em seguida singra as águas do grande rio com destino ao rio da cobra grande, onde, juntamente com um cacique e a tribo daquela localidade, travam intensa luta contra Tuluperê - a cobra grande e a vencem. Segue seu caminho até chegar ao reino dos seres mitológicos, onde também passa por muitas batalhas. Partindo dali para o outro lado do rio, chega as terras de Manecafarnaum - um monstro terrível, que come os curumins da aldeia. Cachimana e seus guerreiros lutam com o monstro e conseguem derrotá-lo. Continuam a viagem pelo Rio Amazonas, depois de dias de viagem, chegam ao Rio Negro, onde avistam a tribo Manaós e são bem recebidos pelo chefe Huiuebene e seu filho Ajuricaba. Cachimana e seus tripulantes foram convidados a assistir a grande luta entre guerreiros de diversas tribos que se encontravam ali, entre eles, Ajuricaba, que foi o grande vencedor do desafio. Na última noite do ritual, Piaga - o vidente de Cachimana teve um sonho e contou a tribo: ele previa a chegada dos brancos àquela Região, que os aprisionariam. Na manhã seguinte partiram rumo ao reino dos botos, situado no encontro das águas negra e amarela, Cachimana queria saber porque eles encantavam as moças das tribos. Depois de falar com o príncipe dos botos, Cachimana partiu em direção a boca do rio, na divisa com o oceano Atlântico, onde ele teve seu último encontro com o deus do trovão. Infelizmente, sua embarcação não resistiu à tempestade enviada pelo deus do trovão e quebrou-se, sua tripulação pereceu. Ele, o único sobrevivente, ficou nadando vários dias, até que sua amada Tainaçã - a estrela vespertina, vendo seu sofrimento pediu ajuda a Guaraci - o deus sol, que o resgatou e o levou para o firmamento. Lá ele o transformou na estrela matutina e o pôs junto de sua amada Tainaçã, a estrela Venus e assim, os dois ficaram unidos no mesmo corpo para sempre.